Monday, April 17, 2006

"Jornal Hoje": Uma fórmula que deu certo

A Rede Globo vai completar 41 anos de Brasil e seus programas também vão completando aniversário. O jornal "Hoje", por exemplo, completa nesta sexta, dia 21, 35 anos no ar, com um formato que passou por ligeiras transformações nestas três décadas e meia, mas se manteve sempre agradável ao público e com uma aceitação estável em termos de audiência, porque veio de uma fórmula do jornalismo americano, prontinha para o horário a que se destinava, claro que com uma adaptação ou outra para o público brasileiro, e não teve erro. O assertivo do jornalismo da Globo é que ele sabe o seu objetivo, ao contrário, do jornalismo das outras emissoras. Antes dos editores pensarem o jornalismo da "Casa", há uma determinação, uma diretriz (evidentemente neoliberal, de Direita) que diz claramente para onde devem ir as matérias (as reportagens) e como devem ser conduzidas e até como devem se comportar os repórteres diante das câmeras (o tal do "padrão global", hoje um tanto esculhambado) e também os comentários daqueles ditos "livres pensadores" contratados para falarem sobre assuntos diversos dos vários telejornais da emissora. É evidente que ninguém lhes diz o que dizer, mas eles já são contratados por pensarem de acordo com o pensamento da "Casa" e ao serem contratados já sabem que para garantirem o emprego precisam ter "Juízo", ou seja, só dizerem aquilo que interessa aos interesses da "Casa". E assim sendo tudo na Globo caminha numa grande harmonia: Manda quem pode, obedece quem é esperto. Nas outras emissoras, como o objetivo não fica muito claro, nem quem manda, todo mundo acha que manda um pouco, no fim ninguém manda nada, acaba falando ou fazendo demais e saem as grandes confusões, mas voltando ao jornal "Hoje", para comemorar os 35 anos, eles vão manter o volume de informações diárias, só vão trocar os cenários, inovar criando alguns quadros, inclusive um com crianças apresentado por Sandra Annenberg, que agora é mãe. Aliás, ela e o jovem, e lindo, Evaristo Costa, continuarão firmes no comando. E a editora continuará sendo a competente Teresa Garcia. Muitos anos de vida ao gostoso jornal "Hoje", realmente uma receita que deu certo para o início da nossa tarde ficar mais agradável

Sunday, April 16, 2006

Sandra Annenberg fará reportagens de rua.

A apresentadora Sandra Annennberg vai estrear um quadro no Jornal Hoje, que apresenta juntamente com Evaristo Costa, na próxima sexta-feira. Na data, o programa fará 35 anos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Hoje em Família, a coluna quinzenal, fez Sandra voltar a fazer reportagens de rua, o que não fazia há quatro anos. "Vamos tratar de vários assuntos da família, do nascimento à aposentadoria", contou. E continuou: "as primeiras colunas serão sobre partos. Uma das personagens é justamente uma mulher de 35 anos, a idade do jornal, que está tendo o primeiro filho."
Atualmente, Sandra além de comandar o Jornal Hoje, é editora-executiva da atração, e editora-chefe do boletim Globo Notícia, exibido às 9h30. Na Globo há 15 anos, ela já foi moça do tempo, repórter e apresentou todos os jornalísticos da emissora carioca.

Fátima Bernardes rumo à 3ª Copa do Mundo

Está confirmado: Fátima Bernardes vai cobrir a Copa do Mundo, pela terceira vez consecutiva (a primeira foi em 1994). De acordo com o Jornal Folha de S. Paulo, a decisão de levar a apresentadora e editora do Jornal Nacional começou em 2002, quando a jornalista foi eleita a musa do penta, pelos jogadores da seleção.
Sobre esse título de musa, a jornalista explica: “Não levei tão a sério. Foi o retorno de uma relação de 40 dias. Os jogadores achavam que eu era pé-quente”.
A idéia da Globo é ancorar o JN onde a seleção estiver. Fátima também fará reportagens sobre o dia-a-dia da seleção, sempre sob um ângulo diferente do noticiário esportivo.
Ainda segundo o jornal, ela prevê mais dificuldade para trabalhar agora: “Em 2002, fiquei hospedada nos mesmos hotéis do Brasil e consegui vários bastidores. Mas, isso não será possível na Alemanha, porque os hotéis de lá são pequenos”.
Quanto à possibilidade do Brasil conquistar mais um título, Fátima ressalva: “Estou confiante. Mas, temo a Argentina (“perigosa”), a Alemanha (“joga em casa”) e a Inglaterra (“chatinha”)".
A jornalista embarca para Alemanha em 30 de maio. Ficará lá mais ou menos 40 dias – se o Brasil não chegar à semifinal, volta antes.

Saturday, April 01, 2006

Globo sofre com perda de profissionais no jornalismo

Não estão descartadas mudanças no alto comando do jornalismo da Rede Globo. O diretor geral Carlos Henrique Schroder está firme, mas podem acontecer alterações em outros postos de comando. Além da queda de audiência, pesa sobre essa equipe a responsabilidade da debandada de importantes profissionais nos últimos tempos.
A saída de Ana Paula Padrão para o SBT, por exemplo, ainda não foi suficientemente digerida por alguns setores da Globo. Entendem que existiram falhas e determinados diretores tentaram ser mais importantes que os interesses da emissora. O "Jornal da Globo" caiu. Nem tanto pelo William Wack, que está sempre por lá, fazendo o seu trabalho. Christiane Pelajo, estranhamente, só aparece de vez em quando.

Sunday, March 26, 2006

Rede TV! cria estratégias nas noites de quarta feira

A Rede TV! constatou que quarta-feira é um dia em que as mulheres ficam sem muita opção na programação das TVs. Como Globo e Record exibem futebol nesta noite, o "Superpop" de Luciana Gimenez, acaba registrando bons índices de audiência. Na última quarta, o programa ficou em terceiro lugar de audiência.

Outra tática da direção da emissora é, na hora do intervalo dos jogos de futebol, começar o desfile de lingerie. Aí, os homens trocam a pelota pela mulherada semi-nua.

Brasil Urgente e Jornal da Band reagem na audiência

A Band tem mostrado sinais de reação na tarde e na noite, isso é devido ao enfraquecimento da Record e do SBT nos respetivos horários. Confira o andamento das audiências:

Brasil Urgente, na semana passada (de 2ª a 5ª): 4,0 de média. Esta semana 5,0 de média.

Jornal da Band, na semana passada (de 2ª a 5ª): 4,4 de média. Esta semana 5,1 de média.

Pelo segundo dia consecutivo (quarta e quinta) Mandacaru ficou em terceiro lugar no Ibope, com média de 5 pontos. Dessa vez, o SBT se deu mal. No horário ( 22h06 às 22h52 ) o comportamento das emissoras foi o seguinte: Band 5, Record 7 e SBT 4. Para relembrar: na quarta-feira, Mandacaru alcançou 6 de média , vencendo o futebol da Record.

Saturday, March 25, 2006

Renato Machado faz estoque de bolo-de-rolo

O badalado jornalista global Renato Machado foi visto experimentando vinhos Alta Vista na adega da Casa dos Frios em Recife! Pós degustação, ele não resistiu e foi às compras: se jogou no fabuloso bolo-de-rolo pernambucano! Será que todos os seus partners do Bom Dia Brasil ganharam o mimo culinário? Demorô! Luxo!!!

Globo é eliminada de Portugal!

A Globo perde na próxima sexta seu último tentáculo televisivo em Portugal, país em que já dominou a audiência na TV aberta e em que esteve presente na TV paga com cinco canais (dois Telecines, Sexy Hot, Canal Brasil e GNT). O GNT português, último desses cinco canais ainda no ar no país, deverá ser desativado no dia 31. O contrato da Globosat com a TV Cabo (Portugal Telecom), maior operadora lusitana, vence nesse dia, mas não há indícios de que será renovado. O motivo: a Portugal Telecom, que visa cortar custos de 1,5 bilhão nos próximos três anos, propôs reduzir drasticamente o valor que paga pelo canal, e a Globo não aceitou. O GNT é um dos canais mais vistos em Portugal. Mistura programas da Globo (telejornais, atrações de auditório e séries nacionais) com de canais da Globosat ("Manhattan Connection"). As novelas são exibidas na aberta SIC, da qual a Globo já não é mais sócia. A SIC perdeu a liderança de audiência. Nenhuma novela da Globo aparece mais entre os cinco programas mais vistos. O GNT soltou anteontem nota dizendo que "até o momento" não foi contatado pela TV Cabo. Disse também que está surpreso com a eventual troca de sua programação pela da Record e que poderá recorrer à Autoridade da Concorrência (o Cade de lá). No Brasil, a Globosat já começou a remanejar para outros canais os 15 funcionários do GNT português.

Afiliadas da Record ficam insatisfeitas com mudança do JR




É grande a insatisfação de afiliadas da Record com a matriz da rede.

Segundo a coluna Outro Canal, da Folha de São Paulo, reclamam que perderam receitas publicitárias locais com as recentes mudanças na grade (o "Jornal da Record" foi sacrificado) e com a exibição de novelas sem intervalos comerciais.

Saturday, March 18, 2006

Hermano Henning deve apresentar um jornal a tarde no SBT

Hermano Henning voltou das férias na última quarta-feira, mas deve continuar fora do ar por mais algum tempo.
O seu retorno acontecerá com a estréia de um novo telejornal, nos finais de tarde, que agora começa a ganhar cores definitivas nos bastidores do SBT.

Sunday, March 12, 2006

Record se da bem copiando a Globo

Desde que foi comprada pelo bispo Edir Macedo, nos idos de 1989, a Rede Record apostou numa fórmula própria de programação. A emissora alternava programas recheados de atrações populares (a maioria de qualidade duvidosa) com outros de forte conteúdo religioso. Essa combinação, inventada pelos homens que comandavam a Igreja Universal, nunca deu grandes resultados. Durante mais de uma década, a Record permaneceu estagnada na terceira posição do ranking de audiência e com um tímido faturamento publicitário. Há pouco mais de um ano, já sob a influência de executivos contratados no mercado de mídia, a emissora partiu para uma nova estratégia: abandonou a tentativa de inovar em conteúdos para copiar assumidamente a Rede Globo de Televisão -- líder do mercado brasileiro de emissoras abertas e referência internacional de qualidade nessa área. Por enquanto, a troca vem funcionando. O faturamento publicitário subiu 40% em um ano -- hoje está na casa dos 700 milhões de reais -- e algumas das novas atrações chegam a competir em audiência com os programas da Globo. "As pesquisas mostravam que o público queria atrações de qualidade. Boas novelas, jornais e programas de entretenimento", diz Alexandre Raposo, presidente da Record. "Paramos de brigar contra o óbvio."
O último grande lance dessa nova estratégia foi a reformulação do Jornal da Record. Durante oito anos, a emissora entregou o comando de seu principal telejornal ao experimentado jornalista Boris Casoy, conhecido pelo bordão "Isso é uma vergonha". Com Casoy, que tinha por hábito comentar as notícias veiculadas, os índices não ultrapassaram os 5 pontos de audiência no ano passado. Os executivos da Record resolveram então mudar por completo o perfil do telejornal. No lugar de Casoy, escalaram Celso Freitas, que durante seis anos foi apresentador do Jornal Nacional. Além de Freitas, a Record contratou Adriana Araújo, ex-repórter da sucursal de Brasília da Globo, e mais duas dezenas de jornalistas e produtores -- a maioria deles vinda da concorrente. Quem assistiu ao telejornal percebeu que qualquer semelhança com o programa de William Bonner e Fátima Bernardes não é mera coincidência. Além de profissionais que já traba lharam na rival, a Record mudou o cenário, o modo de apresentar, o figurino e a produção gráfica de todo o programa. Nos primeiros dias, a média de audiência ficou sempre acima dos 10 pontos (o dobro dos tempos de Casoy) e com picos superiores a 20 pontos.
O investimento total para copiar a programação da Globo já está em torno de 100 milhões de dólares. Além do jornalismo, a Record vem colocando dinheiro em outro pilar importante para a sua imitação da emissora carioca: a produção de novelas. O maior desembolso foi a compra, por 15 milhões de dólares, dos estúdios de Renato Aragão, localizados em um terreno que fica em frente ao Projac, o enorme complexo onde são feitas as gravações das novelas da Globo no Rio de Janeiro. Também foram contratados dezenas de profissionais, roteiristas e atores, que freqüentaram as produções globais num passado recente. Um deles é a atriz Lavínia Vlasak, estrela de Prova de Amor, um dos maiores sucessos dessa nova fase da Record. Em janeiro, a novela conseguiu a proeza de tirar o Jornal Nacional da liderança de audiência. Foram poucos minutos, é verdade, mas o efeito psicológico dessa conquista agitou o mercado publicitário. "No geral, eles ainda estão mais próximos da Bandeirantes do que da Globo. Mas desempenhos como esse têm um importante apelo de marketing", diz Daniel Barbara, diretor comercial da agência de publicidade DPZ e um dos maiores especialistas em mídia do país.
Barbara se refere ao descompasso que existe entre a receita publicitária que a Record vem obtendo e a sua audiência média. Quando se analisa toda a grade de programação, nota-se uma grande diferença entre os números da Record e da Globo. A audiência média da Globo é de cerca de 35 pontos. Em segundo lugar, bem atrás, ainda está o SBT, com audiência de 8 pontos -- o mesmo desempenho da Record. Mas, se a audiência diária ainda não sofreu grandes modificações (com exceção de alguns poucos exemplos), o impacto no mercado publicitário é concreto. Nos últimos 12 meses, o preço de um comercial de 30 segundos no horário nobre da Record -- o período mais lucrativo da grade -- subiu 66%. Foi, de longe, a maior valorização entre todas as emissoras de sinal aberto do Brasil (veja quadro). No caso da novela Prova de Amor, que compete com a global Belíssima, o salto é ainda mais impressionante. Uma inserção de meio minuto nos intervalos da novela que a precedeu custava 64 000 reais em março do ano passado. No próximo mês, passará a custar 167 000 reais -- aumento de 160%.
Na Globo, os bons resultados da Record são vistos com um misto de ceticismo e tranqüilidade -- o que é perfeitamente compreensível. Outras emissoras já tentaram enfrentar a líder do mercado no passado e nada conseguiram. Anos atrás, a Rede Manchete, por exemplo, alcançou ótimo desempenho com a novela Pantanal. Na ocasião, a emissora chegou a montar uma produção consistente de telenovelas, mas nunca repetiu o sucesso da primeira produção. "A história mostra que cópias não costumam dar certo porque o telespectador prefere ficar com o original", diz Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação.
A Igreja Universal, do bispo Edir Macedo, é fonte de renda cativa para a emissora. Cerca de 15% do faturamento da emissora, ou cerca de 100 milhões de reais por ano, vem de horários comprados pela igreja. Mas para conquistar a liderança entre as emissoras abertas (o objetivo da Record) o dinheiro dos fiéis não será suficiente. Outros anunciantes -- de qualquer religião -- precisam acreditar no projeto.